Emquanto D. Luzia estava no banho Fantina foi ao armario para lambiscar. Nisto Rosa approximou-se della e disse :

— Menina, quero fallar com você, e afastou-se para o corredor que dizia para o tear.

Fantina mordendo um pedaço de queijo, e innocente como um sonho em manhã de primavera, acompanhou a velha. Suppunha ser alguma noticia de Daniel, porque havendo rancho nos pastos da fazenda, outros tropeiros podiam tél-o visto. Quando, porem, ouviu de envolta o nome de Frederico quiz correr, mas a velha segurou-a dizendo :

— Não, não pode ser assim, menina, é preciso arranjar a vida.

Eu também já fui como você, cheia de medo, de quindins, hoje sou vacca solta que lambe-se toda.

Fantina vacillou como bebeda, quiz gritar.

— Aceita, menina, que você será feliz e eu também. O melhor é deixar o tal Daniel que é pobre e nada pode dar. Cá você fica arranjada, tudo quanto quizer, terá.

— Não ! tia Rosa, não me falle nessas coisas feias. Antes morrer captiva, debaixo de ferros, que esquecer-me de Daniel.

E fugiu das mãos de Rosa.

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