LXIII
A uma senhora creoula
No oloroso país que o sol acaricia,
Sob um rubro docel de plantas trepadeiras,
Á sombra preguiçosa e amiga das palmeiras,
Encantadora creoula eu conheci um dia.
Que ardente palidez no seu rosto moreno!
Que graça juvenil no colo delicado!
Que donairoso corpo, esbelto e bem lançado!
Que tranquilo sorrir! que firme olhar sereno!
Se algum dia, Senhora, a França visitar,
O glorioso país dos rios Sena e Loire,
— Ó digna castelan dos tempos medievaes,
A luz do seu olhar, nas alfombras discretas,
Fazendo enlouquecer os corações dos poetas,
Renderá a seus pés alguns escravos mais!