LXV
Alma do outro mundo
Pela noite silenciosa,
Como um fantasma, entrarei
Na tua alcova olorosa,
E o teu leito alcançarei;
E na tua pel’ ardente
Darei beijos de metal,
E carícias de serpente,
Como um duende infernal.
Ao despontar da alvorada,
Hás de ver-te abandonada,
Regelido o meu lugar..
Como outros pela ternura,
Sobre ti, ó creatura,
Pelo terror vou reinar!