Floriram por engano as rosas bravas
No inverno: veio o vento desfolhal-as...
Em que scismas, meu bem? Porque me callas
As vozes com que ha pouco me enganavas?
Castellos doidos! Tão cedo cahistes!...
Onde vamos, alheio o pensamento,
De mãos dadas? Teus olhos, que um momento
Prescrutaram nos meus, como vão tristes!
E sobre nós cahe nupcial a neve,
Surda, em triumpho, petalas, de leve
Juncando o chão, na acrópole de gelos...
Em redor do teu vulto é como um veo!
¿Quem as esparze—quanta flôr—, do ceo,
Sobre nós dois, sobre os nossos cabellos?