Não brilha tanto na celeste altura
A estrella na manhã,
Como da vida nos vergéis fulgura
Tua imagem louçan.

De teus olhos a luz, gentil donzella,
E’ scentelha divina,
Que os segredos do céu doce revela
A’s almas que illumina.

Sublime como tu não fora tanto
A pomba mensageira.
Quando levava ao patriarcha santo
O ramo de oliveira.

Como tu de virtudes adornada,
Filha do céu, quem é?
Mas do que tu só foi a immaculada
Virgem de Nazareth.

Foi a melhor perola e inbutida
No diadema immortal
Que a fronte cinge A’quelle a quem a vida
E’ fonte perennal.

Tu és a nota d’immortal poesia
A’ harpa da crêação;
Na mesma harpa igualmente preludia
O Onmipotente em vão…