Não te esqueça a constancia que meu peito
 No amor provado tem.
Trabalhos que soffri alegremente
 Não esqueças tambem.

Não te esqueça do meu antigo affecto
 Seu antigo soffrer.
Quanto implorei captivo e atormentado
 Não deves esquecer.

Provas por que passei, desdens, supplicios
 Na memoria retem.
Delongas que soffri pacientemente
 Não esqueças tambem.

Não esqueças o tempo que vai longe
 No seu longo correr.
Que jámais julgou mal meu pensamento,
 Não deves esquecer.

Não te esqueças do eleito teu d'outr'ora,
 Do amor que teve e tem.
Do seu peito a constancia inquebrantavel
 Não esqueças tambem.

Referências

editar
  1. p. 43-44.