(NA CARTEIRA DE EDUARDO COIMBRA)
Pés em chagas, seguimos pela via
Dolorosa, em demanda da Verdade;
Mas achal-a entre os homens ninguem hade...
Triste o que espera! triste o que confia!
1884.
Dous ou tres dias antes da morte de Eduardo Coimbra (8, outubro, 84) escreveu Anthero esta bella quadra junto do leito, em que o moço poeta, quasi agonisante, lhe pedia «um improviso» para a carteira-album que pouco antes mandara comprar. Essa carteira offereceu-a a mãe do poeta em recordação dolorosa, ao fiel amigo, que rubricára n'ella o seu nome, junto do de Anthero, e que dias depois lhe entregava a chave do caixão do pobre Eduardo.
(NA CARTEIRA DE EDUARDO COIMBRA)
Pés em chagas, seguimos pela via
Dolorosa, em demanda da Verdade;
Mas achal-a entre os homens ninguem hade...
Triste o que espera! triste o que confia!
1884.