Desde o verde sombrio das serras
Às Campinas queimadas de sol,
És, Altinho, entre todas as terras,
Terra-mãe de uma gente de escol.
Nós te amamos, Ó terra querida,
Nós lutamos pra te ver crescer:
Para ti nosso amor, nossa vida,
Nossa vida que viste nascer!
Honra e glória à gente pioneira,
Que aqui, de tão longe, chegou:
No luzir do brasão dos Vieira,
Vida nova na terra plantou.
Lá no alto, no cume do "altinho",
Houve alguém que a Cruz veio plantar,
Pela voz do vigário Agostinho,
Brota a fé, se constrói o altar.
Lá da serra, da mata florida,
Desce a água, água-irmã que refaz
Este povo a lutar pela vida,
Pela busca do pão e da paz.
Lá dos campos, ao sol causticante,
Vem o pão que é fruto da terra,
Do trabalho tenaz, incessante,
Do sofrer que esperança encerra.