A minha terra se chamou um dia,
Pelo bonito nome de Lorena,
Terra saudosa que chamar-se-ia
Aricanduva que com amor me acena.
Amor... Amor... Amor...
A esta terra que me viu nascer,
Aricanduva ou Lorena
A terra amiga, a terra amena
Onde eu nasci, onde eu cresci, onde eu vivi
E onde eu quero morrer.
O São Lourenço vem beijar-lhe os pés
A Paca o rosto lhe lavou beijando
Depois se abraçam a enrolar, talvez
O amor da terra que se vão levando.
Da uberdade do seu solo vem
Aos seus seleiros sua subsistência
Ao rico ao pobre decantar convém
A Terra-Mater que lhes deu vivência.
É pequenina como Nazaré
Que deu ao mundo o grande Salvador
Em terra assim, os outros não tem fé,
Mas nós lhe damos todo o nosso amor.
Do livramento a virgem na capela
É padroeiro dos destinos seus
Aqui, a gente só chamou por ela
Desde o nascer à volta para Deus.
Amor... Amor... Amor...
A esta terra que me viu nascer,
Aricanduva ou Lorena
A terra amiga, a terra amena
Onde eu nasci, onde eu cresci, onde eu vivi
E onde eu quero morrer.