Vede, oh povos das distantes terras!
O mais belo e sublime dos sóis
Doira os campos e as lindas serras
onde vive uma raça de heróis
Firmados do apogeu de Antares
Aos meandros de Romão Gramacho
Nos termos com os contíguos lugares
Sua glória reluz como um facho
Soberanos donos dos Sertões
Régios na Chapada Diamantina
Desde as remotas gerações
Amparados pela Mão Divina
Obrigado Senhor, nosso Deus!
Tua bondade não tem par algum.
Por amor destes-nos, filhos teus,
A cidade de Cafarnaum!
Salve o dia sete de Abril
De mil novecentos e sessenta e três!
Nos paternos braços do Brasil
Vista ao mundo a cidade se fez
Tremularam entre o raio e o trovão
No infinito, de sobremaneira
A mamona, o milho, o feijão
E a muralha da nossa bandeira
Pataxó no levante bradou
Na caatinga se fez homenagem
O bandeirante ao céu exaltou
Cantemos com amor e coragem
Obrigado, Senhor nosso Deus!
Tua bondade não tem par algum.
Por amor destes-nos, filhos teus,
A cidade de Cafarnaum!