I
Clara estrella do ceo maranhense,
Lyra flebil de meigo cantor,
Tua luz outra estrella não vence
Nem ha lyra mais cheia d'amor.
Vamos juntos, no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias.
II
Es a virgem toucada de rozas
Que te mira nas aguas do rio,
De onde as nymphas aubtis, invejosas,
Vêm beijar-te o perfil erradio.
Vamos juntos, no albor destes dias
os louvores cantar de Caxias.
III
Bloqueada na paz tu trabalhas
E na paz confiada - descanças,
Mas não temes o fragor de batalhas
Quem já trouxe a victoria nas lanças.
Vamos juntos, no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias.
IV
Não crearam teus seios - escravos,
Bentos seiso do alvôr da camelia:
Que nós somos unidos e bravos,
Filhos Grachos de nova Cornelia.
V
Glória! glória! as façanhas proclamem
Da Princeza do adusto sertão,
Cuja fama e valor se derramem
Pelas terras do audaz Maranhão.
Vamos juntos, no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias.