No regaço da selva assombrosa
Onde outrora espumava o tapir
Uma bela cidade ruidosa
Vimos hoje fagueira surgir
Para o seio da mata orvalhada
As aragens correndo lá vão
E no cimo da selva ondulada
Thaumaturgo Azevedo dirão
Pasma o índio bravio confundido
Empolgando uma flexa nos ares
Ao ouvir que é tão repetido
Vosso nome nos nossos palmares
O lampejo do sol do progresso
Douro ufano este alcantil
Contemplado será no universo
Novo estado no chão do Brasil
E do trono dos seus esplendores
Sobre nuvens bordados de azul
Deus semeia cascata de flores
E abençoa o Cruzeiro do Sul.