No retiro de verdes ramagens,
Junto às margens do rio Longá,
Os vaqueiros, em vastas pastagens,
Encontraram local salutar,
Onde o gado, malhando em ribeiras,
Ensejou erigir os currais
Sob as palmas das belas palmeiras
E dos leques dos carnaubais.
Salve, Esperantina,
Terra que amamos com justo fervor!
Salve, Esperantina,
A ti nossa vida, a ti nosso amor!
Sob o sol ofuscante e ardente,
Sobre o chão do abrasado Equador,
Homens fortes plantaram a semente
Da amizade, do bem e do amor.
Levantaram a cidade fagueira
Com a força de quem jamais cansa,
Consagrando à gentil Padroeira,
A senhora da Boa Esperança.
A cachoeira de rara beleza,
O Longá a correr ou na calma
E os encantos da mãe natureza
De amor extasiam nossa alma.
Os teus filhos te amam com ardor.
Que estejam na terra ou distantes,
Sempre exaltam teu nome com amor,
Se declaram perenes amantes.
Território bendito e ordeiro,
Berço amado de bardos viris,
De homens nobres, de povo altaneiro,
De mulheres formosas, gentis,
No progresso constante de envolves,
Mesmo em tempo difícil e hostil,
E crescendo, assim, tu promoves,
A grandeza do imenso Brasil.