Matos Costa altaneira
Outrora São João dos Pobres,
Tua gente hospitaleira
Persegue destino nobre.
Teu passado nos revela
O norte do meu estado,
Valente sentinela
Do chão deste contestado.
Oh! Matos Costa querida,
Quantos segredos encerra,
Pedaço de minha vida
Bela princesa da serra.
Do alto dos teus campos verdes
Coroados por banhadais,
Brotam por todos os cantos
Inumeros manancias.
Linda terra peregrina
Recordo com emoção,
Veve, geada neblina
Noite amena no verão.
Oh! Matos Costa querida,
Quantos segredos encerra,
Pedaço de minha vida
Bela princesa da serra.
O trem de ferro hospedado
Em frente a velha estação,
E o carijo d´erva-mate
São marcas da tradição.
Berço do indio valente
Terra do caboclo bravo,
Nova pátria do imigrante
E do filho do escravo.
Oh! Matos Costa querida,
Quantos segredos encerra,
Pedaço de minha vida
Bela princesa da serra.