Ao sopé da Araripe frondosa,
qual tapete de cor verde-anil,
brotam fontes e belas cascatas,
batizando um rincão do Brasil,
Engastada qual jóia bem rara
a cidade se ergueu majestosa,
na autonomia tão cara
que lhe trouxe a gente valorosa.
Ô Porteiras, querida cidade
grande orgulho sentimos de tí;
quando ausentes, sentimos saudade
da antiga Conceição do Cariri.
Sua igreja se ergue altaneira,
num só templo de amor e oração,
em louvor à Santa Padroeira,
a nossa Imaculada Conceição.
Dentro desses antigos sobrados,
de feitios assim desiguais,
nos tornamos teus filhos amados
desde os idos tempos imperiais.
Ô Porteiras, querida cidade
grande orgulho sentimos de tí;
quando ausentes, sétimos saudade
da antiga Conceição do Cariri.
Que o teu solo vermelho, fecundo,
alimento sementes de paz,
onde brota a doçura do mundo
nos ondulantes pendões canaviais.
Artesão, produtor, comerciante,
sob o sol que da serra se alteia,
dão à terra, seus filhos vibrantes,
o progresso que o amor semeia.
Ô Porteiras, querida cidade
grande orgulho sentimos de tí;
quando ausentes, sétimos saudade
da antiga Conceição do Cariri.