Eu sou possense!
Minha terra tão Fagueira
sonha no sopé florido de soberba cordilheira.
Ferve em meu peito amor forte e veronil
para com esse risonho pedacinho do brasil.
Não há de certo, não há
Como a vida neste lugar (bis).
Pela tardinha, quando o sol já se vai pondo,
Lá na torre o velho sino tange alegre bimbalando.
E Posse toda curva a fronte recolhida,
a canção d”ave-maria entoando á mãe querida
Não há de certo...
Se tens por berço a cor verde das campinas,
Tapizadas de boninas, tens por teto o céu azul.
Do Espigão-Mestre na raiz envelhecida,
vivas sempre protegida pelo Cruzeiro-do-Sul.
Não há de certo...
Que sentimento, quando a luz da branca lua
Se mistura com as modinhas das crianças lá da rua!
E a melodia de gentil suavidade
põe nas almas pensativas, vivas notas de saudade.
Não há de certo...
Sob a mão firme do teu povo inteligente,
Marcharás varonilmente, terra do meu coração!
Em tua fronte brilhará qual diadema
Este fascinante lema: "Ser princesa do sertão."
Não há de certo...
Oh! Quem me dera viver rindo toda vida,
abrigado sob o teto dessa terra tão querida!
Então seria qual saudoso passarinho que voltou ledo e fagueira
á quentura do seu ninho. Não há de certo, não há como a vida neste lugar.