Nasceste às margens de um regato
Riacho das Éguas começaram a chamar
Surgiste de uma fazenda de coronel e escravos
E, em 29 de dezembro, vieram a emancipar
Hoje, és Riacho das Almas
Assim Ananias te batizou
Quando pela peste foste atacada
Por São Sebastião teu povo invocou
As cores da tua bandeira reluzem:
O amarelo do sol, o azul das noites estreladas
Trazes estampado em teu brasão, símbolos que traduzem:
As culturas do abacaxi e algodão e a capela aqui edificada
Dos nossos ancestrais carregamos a memória
E o amor pela Terra Natal nos ensinaram
Em nossas raízes, retalhos de nossa história,
De que aqui resistiu ao último pau-de-arara.
Ref: Riacho das Almas de gente hospitaleira
Berço de homens e mulheres de brio;
Teus filhos e tua natureza
Hão de ser exaltados nos recantos do Brasil
Cenário de beleza que se configura no seio do Agreste,
Teu céu azul majestoso colossal.
Tuas montanhas pitorescas, primores do Nordeste.
Teu clima quente e úmido, semi-árido tropical.
Circula nesta terra ares energéticos,
E corre o Capibaribe pelas veias deste chão.
Quem inala esse fluido magnético,
E bebe as águas dessas fontes jamais de esquecerá.
Terra do sol, muitas vezes pela seca assolada.
Mas em vindo de chuvas, insulam-se os solos escalvados.
Transfigura-se a paisagem da caatinga desolada
E a vegetação recobre os grotões escancelados.
Rico celeiro, no inverno, propícia estação.
Aqui se cultiva a arte do cipó e barro,
Fecunda terra de mandioca, milho e feijão.
De homens simples que tecem o rude trabalho.
Ref: Riacho das Almas de gente hospitaleira
Berço de homens e mulheres de brio;
Teus filhos e tua natureza
Hão de ser exaltados nos recantos do Brasil