Um andejo que cruzava pela boca da picada
Escolheu este lugar, para ser sua morada
Fez bolicho, uma pousada, pra tropeiros que passavam
Abrindo os olhos do mundo, para os sonhos que brotavam.
Te chamaram Fortaleza, não se sabe exatamente
Se foi pelas paliçadas ou o rio que fascina a gente
Foste abrigo, deste pouso a quem precisou de ti
Fortaleza do Rio Grande, minha linda Seberi.
Rio dos peixes, rio dos homens, das lembranças que vivi
Rio das pedras preciosas, rio da vida, Seberi.
E assim se forjou a estirpe, com raízes diferentes
O alemão, o italiano, o índio rude e valente
O polonês, o açoriano e o negro também presente
Se fez na mescla e raças, o sangue da nossa gente.
Trouxeram à nossa terra, progresso e tradição
Plantando no solo virgem sementes de integração
Na soleira de cada porta, sentado está um irmão
Nos dando as boas vindas, com a cuia de chimarrão.
Rio dos peixes, rio dos homens, das lembranças que vivi
Rio das pedras preciosas, rio da vida, Seberi.