Fora chamada no começo de São Roque
Quando fizeram, com efeito, o retoque
Que definiu o seu espírito guerreiro.
Rebatizada com um nome belicoso
Modificando o do patrono gracioso
Cordialmente permitiu o Padroeiro.
Especialmente soberana
E de tal modo concebida
Em meio árvores jazidas
Surgiu, divina Tamarana!
Os pioneiros que pisaram nesta terra
Com a certeza que à duvida encerra
Constituíram suas dignas famílias.
Aqui nasceram com fartura descendentes
Filhos grassados de linhagem mui valente
Que renderiam ao universo maravilhas.
Àqueles que tiveram sorte
Nascença íntegra os deu
Aos filhos nobres concedeu
O evidente gênio forte!
Foi necessário muito empenho no início
Tanto trabalho compensou o sacrifício
Para quem fez da alvorada melodia.
Braços possantes construíram esse mundo
E mesmo pegos por cansaço tão profundo
Não descansaram pelo menos um só dia.
E de maneira sobre-humana
Com o vigor em sua essência
Por ter tamanha persistência
És eminente Tamarana!
Ao se lançar impetuosa em outra era
Transpareceu a intenção de uma fera
Que galgaria superando até o céu.
Em pouco tempo chegaria o progresso
E o firmamento promoveu-se com sucesso
Bem mais veloz que o mais rápido corcel.
Sem existir rival mundana
E com fugaz capacidade
Por garantir prosperidade
És grandiosa Tamarana!
Não há pendão sobremaneira admirado
Do que o seu com treze estrelas estampado
Por ofuscar com o seu brilho tantos mitos.
Esse balção azul-dourado da vitória
Abaterá os monumentos da história
Pois suas glórias chegarão ao infinito.
Tu és eleita entre as cidades
Com a paixão cotidiana
Emblema da posteridade.
E com a alma muito ufana
Alcançará a eternidade,
Onipotente Tamarana!