Este hino que se faz qual flauta amena
Em teu peito feito tuba sê canoro
Ao falar de uma gente que serena
Faz seara em cada gesto de servir
Pois quem tem no peito a seiva dos três passos
Tem os passos, olhos postos no porvir.
Ama a terra que te brada a justiça
Clama a terra a vida que verte do chão
Construindo assim guarida aos teus filhos
E os filhos de teus filhos tal terão.
Quem bem cedo abrigou os viajantes
E acolheu aos imigrantes generosa
Terra ardente, orgulhosa em dons ingentes
É capaz de sustentar a imensidão
Quem abriga tanta gente diferente
Faz-se una em verdadeira gratidão.
Ama a terra que te brada a justiça
Clama a terra a vida que verte do chão
Construindo assim guarida aos teus filhos
E os filhos de teus filhos tal terão.
Em teu seio sustentaste teus heróis
De Gonzales e Daronchi redivivos
Aos que não se permitiram ditaduras
Mantendo ideais com sangue altivos
São esteios da Justiça que perduras
Nos caminhos que tu trilhas sempre vivos.
Ama a terra que te brada a justiça
Clama a terra a vida que verte do chão
Construindo assim guarida aos teus filhos
E os filhos de teus filhos tal terão.
Foste mãe de tantos pares ora grandes
Deste força para dar-lhes de crescer
Hoje és parceira amiga e respondes
A quem nunca viu negares tua mão
São pedaços de um passado que escondes
Carinhosa em teu imenso coração.
Ama a terra que te brada a justiça
Clama a terra a vida que verte do chão
Construindo assim guarida aos teus filhos
E os filhos de teus filhos tal terão.