Capítulo VIeditarFaetonte era filho de Apolo com a ninfa Clímene[1]. Um dia um seu colega de classe riu diante do fato de que ele era o filho do deus, e Faetonte, tomado de raiva e indignação contou o ocorrido à sua mãe. "Se sou realmente nascido em berço divino, ó minha mãe," disse ele, "gostaria de ter alguma prova disso, para que possa reivindicar meus direitos a tão grande honra." Clímene estendeu suas mãos em direção ao firmamento, e disse, "Invoco o Sol como testemunha, o qual nos contempla lá do alto, como prova maior de que vos disse a verdade. Se não falei a verdade, que esta seja a última vez que meus olhos vejam a luz. Mas não é necessário que te esforçes muito para que tu mesmo possas verificar isso; pois a terra onde o sol nasce fica perto da nossa. Ide e perguntai-lho se ele considera a ti como filho." Faetonte ouviu com alegria palavras tão belas. Então, viajou para a Índia, que fica na direção das terras onde o sol nasce; e, cheio de esperança e orgulho, aproximou-se do local onde seu pai inicia seu curso. O palácio do sol levantava-se imponente, suportado por imensas colunas, reluzente de ouro e pedras preciosas, onde a abóbada celestial era formada por marfim polido, e as portas tinham estruturas de prata. O acabamento da obra superava em muito a qualidade do material; pois, nas pareces Vulcano havia representado a Terra, o mar, e o céu, bem como seus habitantes. No mar ficavam as ninfas, algumas brincando nas ondas, algumas cavalgando no dorso dos peixes, ao passo que outras ficavam sentadas sobre as rochas e secavam seus cabelos verdes como as águas do mar. Os semblantes delas não eram todos idênticos, mas também não eram diferentes, -- mas assim como os rostos das irmãs costumam parecer. A Terra tinha suas cidades, florestas e rios bem como as divindades rurais. Mas governando acima de tudo, a semelhança com o céu glorioso era o que mais se destacava; e nas portas de prata estavam insculpidos os doze signos do zodíaco, sendo seis de cada lado. O filho de Clímene subiu a ladeira íngreme, e entrou nos salões que davam acesso ao seu controvertido pai. Aproximou-se da figura paterna, mas parou a alguma distância, pois a luz em profusão ofuscava-lhe os olhos. Febo, exibindo vestes púrpuras, estava sentado no trono, que resplandeciam como diamantes. À sua direita e à sua esquerda ficavam o Dia, o Mês, e o Ano, e, a intervalos regulares, as Horas. A [:w:Clóris|Primavera]] ostentava na cabeça uma coroa de flores, e o Verão[2], com sua indumentária colocada de lado, e uma grinalda de lanças feitas com grãos amadurecidos, e o Outono[3][4], com seus pés manchados com suco de uva, e o gélido Inverno, com seus cabeços eriçados por causa do frio. Cercados por estes criados, o Sol, com olhos que a tudo veem, contemplou o jovem deslumbrado com a novidade e o esplendor do quadro que presenciava, e perguntou-lhe o propósito de sua presença. O jovem respondeu, "Ó luz do mundo sem fronteiras, Febo, meu pai, -- se me permites que use tal forma de expressão, -- dá-me alguma prova, te imploro, para que possa ser reconhecido como produto de tua criação." Quando terminou; seu pai, pondo de lado os raios de luz que cintilavam na coroa da sua cabeça, pediu para que ele se aproximasse, e abraçando-o, disse, "Meu filho, não mereces que sejas renegado, e eu confirmo tudo o que tua mãe te disse. E para por fim às tuas dúvidas excruciantes, pede o que desejares, e terás tudo quanto quiseres. Invoco como testemunho aquele lago assustador, o qual jamais pude conhecer, mas que nós os deuses juramos em nossos compromissos mais solenes." Faetonte imediatamente pediu para que tivesse permissão de dirigir por um dia a carruagem do sol. O pai, de súbito, arrependeu-se do que havia prometido; e por três ou quatro vezes balançou sua cabeça radiante e advertiu. "Fui precipitado quando te falei dessa maneira," exclamou ele; "este é o único desejo que não poderia te atender. Peço que refaças o pedido. Esse não é um pedido seguro, meu querido Faetonte, e nem mesmo adequado à tua juventude e força. Sois um mortal, e pedis algo que está além das forças de um mortal. Em tua ignorância tu aspiras fazer o que nem mesmo os deuses devem fazer. Ninguém além de mim mesmo deve dirigir o flamejante carro do dia. Nem mesmo Júpiter, cujo temível braço direito arremessa os raios. A primeira parte do caminho é íngreme, do mesmo modo que os cavalos mal conseguem subir aos primeiros clarões da manhã; o meio fica a uma altura tão assustadora no céu, que eu mesmo dificilmente, sem sobressaltos, consigo olhar para baixo e contemplar a terra e o mar que se estendem diante de meus olhos. A última parte da estrada é uma descida perigosa, e que requer o máximo cuidado na direção da carruagem. Tétis, que me espera a visita, muito frequentemente teme por minha segurança para que eu não sofra nenhum acidente. Além de todos esses perigos, o céu gira o tempo todo arrastando consigo as estrelas. Tenho de estar continuamente atento para que o movimento, que arrasta tudo consigo, não me lance para fora também. Suponhamos que eu lhe emprestasse a carruagem, o que você faria? Você conseguiria manter a direção enquanto a esfera fica girando lá embaixo? Talvez você acredite que existam cidades e florestas, as moradas dos deuses, e palácios e templos no meio do caminho. Pelo contrário, a estrada atravessa o caminho de monstros assustadores. Você passa perto dos chifres do Touro, que fica na frente de Sagitário, e perto das mandíbulas do Leão, e onde o Escorpião estica os seus braços em uma direção e o Caranguejo numa outra. Você nem achará tão fácil comandar aqueles cavalos, com seus pulmões cheios de fogo exalando de suas bocas e narinas. Eu mesmo mal consigo dominá-los, quando ficam desgovernados e não obedecem às rédeas. Cuidado, meu filho, para que eu não seja o doador de um presente fatal e refaz o teu pedido enquanto ainda há tempo. Tu me pedes uma prova de que nas tuas veias corre meu sangue? Ofereço-te esta prova nos receios que tenho por ti. Olha o meu rosto – gostaria que pudesses penetrar dentro do meu peito, e então terias a comprovação da ansiedade paterna. "Finalmente," continuou ele, "olha ao redor do mundo e escolhe o que quiseres do que a Terra e o mar contenham de mais precioso – pede e não encontrarás recusa. Apenas o que te falei peço que não insistas. Não é a honra, mas a destruição que procurais. Porque abraçais meu pescoço e continuais a insistir? Tudo conseguirás se persistires, -- o juramento foi feito e deve ser cumprido, -- mas peço que tenhas mais sensatez nas tuas escolhas." Ele terminou, mas o jovem recusou todas as advertências e não abriu mão de suas exigências. Então, tendo resistido tudo que pode, Febo finalmente conduziu-o até o caminho onde ficava a majestosa carruagem. Ela era de ouro, tendo sido um presente de Vulcano; o eixo era de ouro, o leme e as rodas também eram de ouro, e os raios da roda eram de prata. Ao longo do assento haviam cordões de crisólitos e diamantes que refletiam por toda parte o brilho do sol. Enquanto o garoto ousado, arregalava os olhos de admiração, os primeiros clarões da Aurora rasgavam os portões de púrpura do oriente, e mostravam o caminho espargido de rosas. As estrelas já haviam se retirado, conduzidas pela Estrela d’Alva, que por último também já se havia retirado. O pai, quando ele viu a terra que começava a brilhar, e a lua se preparando para dormir, ordenou que as Horas colocassem os arreios sobre os cavalos. Elas obedeceram, conduzindo das majestosas cocheiras os corcéis que eram alimentados com ambrosia, e colocaram as rédeas. Então, o pai untou a face do filho com um unguento poderoso, capaz de fazê-lo suportar o brilho intenso das chamas. Arranjou os raios de luz na cabeça do garoto, e com um suspiro de premonição, disse, "Se puderes pelo menos acatar meu conselho, meu filho, faze pouco uso do chicote e segura as rédeas com força." Os corcéis correm velozes como acontece naturalmente; o trabalho é fazer com que te obedeçam o comando. Não deves tomar o caminho que segue entre os cinco círculos, mas toma o caminho da esquerda. Mantém-te dentro do limite da zona mediana, e evita o norte e o sul igualmente. Verás as marcas das rodas, e elas servirão para te guiares. E para que o céu e a Terra, cada um deles, possa receber a sua cota devida de calor, não subas alto em demasia, ou queimarás as moradas celestiais, nem baixo demais, ou porás fogo na Terra; o caminho central é melhor e mais seguro. "E agora te deixo entregue à própria sorte, a qual espero tenha melhores planos para você do que tiveste para ti mesmo. A noite já atravessou os portões do Oriente não podemos perder tempo com delongas. Toma tuas rédeas; porém, se no último momento teu coração te desapontar, e souberes te beneficiar com meus conselhos, ficai aqui onde te encontras em segurança, e permita-me iluminar e aquecer a Terra." O jovem ágil saltou para dentro da carruagem, postou-se ereto, e com grande alegria tomou as rédeas, desfazendo-se em gratidão ao relutante pai. Nesse meio tempo, os cavalos enchiam os pulmões relinchando e aspirando ardentemente, e sulcavam o chão com impaciência. Os obstáculo foram removidos, e as planícies sem fronteiras do universo se delineavam diante da carruagem. Eles avançavam ofegantes abrindo caminho sobre as nuvens que encontravam, e ultrapassaram as brisas matinais que haviam partido dos mesmos rincões do oriente. Os corcéis logo perceberam que a carga que eles arrastavam era mais leve que a de costume; e como um navio sem lastro é balançado para um lado e para outro do mar, assim também a carruagem, sem seu peso habitual, era arremessada por todos os lados como se estivesse vazia. Eles se avançavam precípites saindo do caminho que haviam trilhado. Ele está assustado, e parece não saber como comandar os animais; e nem mesmo que soubesse, teria ele força o bastante. Então, pela primeira vez, a Ursa Menor e a Ursa Maior ficaram chamuscadas por causa do calor, e teriam desejado ter mergulhado dentro das águas, caso isso fosse possível; e a Serpente que fica encolhida em torno do Polo Norte, adormecida e inofensiva, ficou aquecida, e com o calor sentiu o seu ódio reviver. A constelação do Boeiro[5], dizem, fugiu embora atravancada pelo arado, e totalmente desabituada com os movimentos rápidos Quando o desafortunado Faetonte olhou a Terra lá em baixo, e que agora compreendia uma vasta extensão, ele ficou pálido e seus joelhos tremiam de pavor. Apesar do resplendor em torno de si mesmo, a visão de seus olhos diminuíram. Desejou jamais ter sequer tocado nos corcéis de seu pai, nunca ter sabido a respeito de sua linhagem, jamais ter triunfado em suas exigências. Estava sendo arrastado como um navio que é soprado pela tempestade, quando o piloto nada mais pode fazer além de se entregar às suas orações. O que ele pode fazer? Grandes extensões dos caminhos celestiais ficaram para trás, mas havia ainda muito pela frente. Ele volta seus olhos de uma direção para outra; ora para o local onde ele iniciou a sua investida, ora para os domínios do por do sol que ele não acredita conseguir alcançar. Ele perde o autocontrole, e não sabe o que fazer, -- se deve puxar as rédeas com força ou soltá-las livremente; esquece os nomes dos corcéis. Vê com terror as formas monstruosas espalhadas pelas superfícies do firmamento. Aqui o Escorpião estendia suas grandes garras, com a cauda e as garras retorcidas tentando alcançar os dois signos do zodíaco. Quando o jovem o viu, fumegante com seu veneno e ameaçador com suas presas, faltou-lhe coragem, e as rédeas caíram de suas mãos. Os corcéis, quando sentiram que suas costas estavam livres, correram mais ainda, e sem os arreios partiram para regiões desconhecidas do céu, entre as estrelas, arremessando a carruagem por lugares onde não haviam estradas, ora nas alturas do firmamento, ora quase perto das redondezas da Terra. A lua assistiu assombrada a carruagem de seu irmão correndo em alta velocidade um pouco mais abaixo. As nuvens começaram a evaporar, e os picos das montanhas se queimaram; os campos ficaram abrasados por causa do calor, as plantas murcharam, as árvores com seus galhos cheios de folhas arderam em chamas, e a plantação toda ressequida! Mas isso era só o começo. Grandes cidades foram varridas do mapa, com suas muralhas e torres; nações inteiras junto com suas populações foram reduzidas a cinzas! As montanhas cobertas de florestas foram destruídas, Atos, Tauro, Tmolo e o Monte Eta; o Monte Ida[6], antes famoso por causa de suas nascentes, agora havia secado totalmente; o Monte Hélicon tão apreciado pelas musas, e o Monte Hemo; o Etna, com labaredas de fogo por dentro e por fora, e o Parnaso com seus dois picos, além do Ródope, constrangido no mínimo a dividir a sua coroa de neve. O clima gelado da Cítia não lhe constituiu nenhuma proteção. O Cáucaso pegou fogo, além do Ossa[7] e do Pindo, e maior do que os dois, o Olimpo; os Alpes que invadiram as alturas, e os Apeninos com sua coroa de nuvens. Então, Faetonte contemplando o mundo em chamas, sentiu que o calor estava intolerável. O ar que ele respirava era como o ar de uma fornalha repleta de cinzas incandescentes, e a fumaça era de uma escuridão intensa. Ele avançava para frente sem saber para onde ía. É por isso, acreditam alguns, que o povo da Etiópia adquiriu essa cor escura por razões que fizeram com que o sangue brotasse de forma tão súbita à superfície, e o deserto da Líbia ficou completamente seco na condição que permanece até os dias de hoje. As Ninfas das montanhas, com seus cabelos em desalinho, lamentavam suas águas, nem os rios estavam seguros em seus canais: o Tanais fumaceou, e também o Caico[8], o Xanto, e o Meandro; os rios da Babilônia: o Eufrates e o Ganges, o Tejo com suas areias douradas, e o Caister[9] onde os cisnes se divertem. O Nilo fugiu e escondeu suas cabeceiras no meio do deserto, e lá ele permanece ainda oculto. Onde ele costumava descarregar as suas águas através de suas sete bocas em direção ao mar, lá permaneceram apenas sete canais secos. A Terra rachou por causa da seca, e através das rachaduras a luz invadiu o Tártaro, assustando o rei das trevas e a sua rainha. O mar encolheu. Onde antes havia água, agora existia apenas uma planície árida; e as montanhas que dormiam debaixo das ondas levantaram suas cabeças tornando-se ilhas. Os peixes buscaram por refúgios nas profundezas, e os delfins não mais se aventuraram, como costumavam fazer, emergindo nas superfícies dos oceanos. Até mesmo Nereu, com sua esposa, a oceânide Dóris, bem como as Nereidas, suas filhas, adentraram as cavernas mais profundas em busca de abrigo. Por três vezes, Netuno tentou colocar a cabeça acima da superfície, e por três vezes ele teve de recuar por causa do calor. Cercada como estava pelas águas, a Terra, que tinha apenas a cabeça e os ombros secos, escondia o rosto com as mãos, e olhando para o céu, com a voz embargada, gritou para Júpiter: "Ó governante dos deuses, se sou merecedora de tal tratamento, e é de vossa vontade que eu pereça pelo fogo, porque retens os teus raios? Deixa-me que pelo menos eu pereça por tuas mãos. É essa a recompensa da minha fertilidade, do meu serviço obediente? É para isso que tenho fornecido feno para o gado, e frutas para os homens, e incenso para os seus altares? Porém, se sou indigna de tua consideração, o que terá feito meu irmão Oceano para merecer semelhante destino? Se nenhum de nós consegue despertar em vós a piedade, refleti, vos imploro, no céu que habitais, e vede como os dois polos que sustentam vosso palácio estão tomados pela fumaça, os quais provavelmente cairão se forem destruídos. Atlas está fatigado, e mal consegue suportar a própria carga. Se o mar, a Terra, e o Céu perecerem, cairemos nas mãos do Caos como antes. Salvai o que ainda resta para nós das chamas destruidoras. Ó, refleti a respeito da nossa libertação neste momento pavoroso!" Assim falou a Terra, que vencida pelo calor e pela sede, nada mais conseguiu dizer. Então, Júpiter, o onipotente, invocando o testemunho de todos os deuses, incluindo ele que havia emprestado a carruagem, e mostrando a eles que tudo estaria perdido a menos que uma solução imediata fosse encontrada, subiu na torre majestosa de onde ele espalha as nuvens sobre a terra, e disparou os raios fulminantes. Mas naquele instante nem uma nuvem pode ser encontrada para ser usada de proteção para a terra, nem uma chuva que estivesse preparada. Ele trovejou, e brandindo outro raio flamejante com sua mão direita, o arremessou contra o cocheiro, arrancando-o simultaneamente de seu assento bem como da sua existência! Faetonte, com seu cabelo em chamas, caiu de ponta-cabeça, como estrela cadente que risca o céu com o seu fulgor durante a queda, e Erídano, o grande rio, o abraçou com suas águas resfriando seu corpo em chamas. As náiades italianas ergueram-lhe uma sepultura, e registraram estas palavras na pedra: "Faetonte, o cocheiro da carruagem de Febo, Atingido pelo trovão de Jove, permanece debaixo de sua pedra Ele não conseguiu comandar o carro de fogo de seu pai, Embora tenha sido nobre tê-lo tentado." As irmãs dele, as Helíades, enquanto lamentavam-lhe o destino, se transformaram em choupos, estendidos nas margens dos rios, e suas lágrimas, que continuavam a correr, transformaram-se em âmbar em seu regato. Milman, em seu poema “Samor," faz a seguinte alusão à história de Faetonte: "Como quando o universo paralisado se apavora Fica mudo e imóvel, Quando dirigia, assim cantam os poetas, o jovem nascido do sol Tortuoso através dos olhos amedrontados do céu, A carruagem equivocadamente oferecida pelo seu pai. Lhe arremessou os raios Dos píncaros empíreos do céu até o golfo Do Eridano, já meio ressequido, onde choram Até hoje as irmãs transformadas em árvores com suas lágrimas de âmbar Sobre Faetonte morto tão prematuramente" Na bela poesia de Walter Savage Landor, ao descrever a concha marinha, faz ele uma alusão ao palácio e à carruagem do Sol . A ninfa da água diz o seguinte: "Tenho conchas sinuosas com tons de pérola dentro E coisas que o brilho absorveu No pórtico do palácio do Sol, Quando desgovernada a roda de sua carruagem estava na metade do caminho das ondas Que agita e desperta; Quando lábios obedientes atendem a ouvidos atentos, E se lembra das moradas augustas, E murmura, como também murmuram os oceanos." Notas e Referências do Tradutoreditar
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