Fico parado, em êxtase suspenso,
Às vezes, quando vou considerando
Na humildade simpática, no brando
Mistério simples do teu ser imenso.
Tudo o que aspiro, tudo quanto penso
D’estrelas que andam dentro em mim cantando,
Ah! tudo ao teu fenômeno vai dando
Um céu de azul mais carregado e denso.
De onde não sei tanta simplicidade,
Tanta secreta e límpida humildade
Vem ao teu ser como os encantos raros.
Nos teus olhos tu alma transparece...
E de tal sorte que o bom Deus parece
Viver sonhando nos teus olhos claros.