Quando as Esphéras dá illusão transponho
Vejo sempre tu’alma — , essa galéra
Feita das rosas brancas da Chiméra,
Sempre a vagar no estranho mar do Sonho.
5Nem aspecto nublado nem tristonho!
Sempre uma doce e constellada Esphéra,
Sempre uma voz clamando: — espéra, espéra,
Lá do fundo de um céo sempre risonho.
Sempre uma voz dos Ermos, das Distancias!
10Sempre as longinquas, mágicas fragrancias
De uma voz immortal, divina, pura...
E tua bocca, sonhador eterno,
Sempre sequiosa desse azul phalérno,
Da esperança do céo que te procura.