1834!

Foi um anno de muitas lagrimas. Debaixo d'este formoso céo esperdiçou-se muito sangue. As espadas terçavam por duas causas, quando dois corações do mesmo sangue, na vanguarda de dois exercitos irmãos, anciavam aniquilarem-se. E, se, após o ruido das armas, se fazia o silencio tetrico da morte, prorompiam depois os gritos das mães, das viuvas e dos orphãos. Paiz, onde esta harmonia de angustias se levanta de milhares de labios para o céo, prova-se no supremo infortunio, e symbolisa o holocausto de uma vingança tremenda.

Tremenda... como a de Gaza e Moab!

«Que é dos teus edificios de marmore, cidade dos obeliscos!?» dizia o propheta das lagrimas.

Não vedes em Portugal os fustes das columnas dispersas na ruina dos grandes edificios?

Não vedes!—Pois que tem esta terra de commum com Moab e Gaza?

Que tem?!

O enviado de Deus responderia:

«Que é dos teus edificios de virtude, terra da honra e da probidade?»

«Que importam os coruchéos de vossos palacios, Balthazares do tempo, se lá não está a cruz veladora das felicidades da vida?!»



Mãe de Maria, porque choravas tu?

As tuas lagrimas já não eram um mysterio;