Quem poderia consolar a triste nas suas amarguras?
Quem póde cá da terra dissipar a nuvem, que escurece a face de uma estrella?
Quem póde, ao descair da tarde, reverdecer a corolla da flor desbotada pelas sombras da noite?
O futuro é o presente perpetuo da Divindade. Mas o espirito que se enlucta, sem lamentar a viuvez de illusões perdidas, veste-se de negro, como a virgem violentada a desposar no altar das lagrimas uma tribulação futura. É o presentimento.
Para as almas provadas em supplicios immerecidos, mas secretamente providenciaes, o presentimento não é uma palavra sem significação.
O cantico de Maria, cadenciado pelas quadras do seu hymno, era a unica resposta, que ella podia dar se lhe perguntassem:
—Anjo, porque soffres?