Frei Antonio era esperado anciosamente de Alvaro. Dos labios do frade pendia a sua felicidade. Fôra elle encarregado por Silveira de propor ao coronel o casamento, com que o pae queria recompensar as virtudes de uma familia, á qual devia a regeneração de seu filho.

O egresso recebera com tristeza o enthusiasmo do discipulo. «Esperemos»—foi a sua unica palavra. Alvaro sentiu-se ferido no seu amor-proprio, e experimentou um abalo do seu genio. Se o padre soubesse ler nos olhos o coração, veria mover-se a areia sobre que fôra levantado o edificio da virtude de Alvaro.

O velho Silveira não se doeu menos das reflexões do coronel. Irritára-lhe a sua fidalga susceptibilidade. Pretextando-se incommodos de Alvaro, suspenderam-se alguns dias as visitas.

Maria, porém, extranha aos reparos de seu pae, não vendo em tres noites seguidas Alvaro, denunciou a impaciencia da saudade.