Lá, das colheitas do celeste trigo,
Deus ainda escolhe a mais louçã colheita:
É a alma mais serena e mais perfeita
Que ele destina conservar consigo.
Fica lá, livre, isenta de perigo,
Tranqüila, pura, límpida, direita
A alma sagrada que resume a seita
Dos que fazem do Amor eterno Abrigo.
Ele quer essas almas, os pães alvos
Das aras celestiais, claros e salvos
Da Terra, em busca das Esferas calmas.
Ele quer delas todo o amor primeiro
Para formar o cândido mealheiro
Que há de estrelar todo o Infinito de almas.