O filho:
Ó Mamãe! quando adormecem
Todos, num sono profundo,
Há mesmo almas do outro mundo,
Que aos meninos aparecem?
A mãe:
Não creias nisso! É tolice!
Fantasmas são invenções
Para dar medo aos poltrões:
Não houve ninguém que os visse.
Não há gigantes nem fadas,
Nem gênios perseguidores,
Nem monstros aterradores,
Nem princesas encantadas!
As almas dos que morreram
Não voltam à terra mais!
Pois vão descansar em paz
Do que na terra sofreram.
Dorme com tranqüilidade!
— Nada receia, meu filho,
Quem não se afasta do trilho
Da Justiça e da Bondade.