Melancolias do outono! Eu quando além descubro,
Nas tristezas do campo, as filas mugidoras
Dos vagarosos bois que voltam das lavouras,
Compungem-me as crueis desolações d'outubro!
Das orlas do poente, afogueado, rubro,
Ó moribundo sol! com que poesia douras,
As formas triviaes das cabecitas louras,
Que, ás portas dos casaes, de bençãos tambem cubro!...
Solta o canto final a orchestra da folhagem:
São horas de partir; apresta-se a viagem,
E as noites dos saraus hão de voltar mais bellas!
Mas as vistas lançando ás regiões saudosas,
Nos esforços crueis das tosses dolorosas,
Em bandos vão partindo as tisicas donzellas!