Recebi hoje um bilhete de Tristão, escrito de Nova Friburgo, no qual me diz que está muito satisfeito com o que vê e o que ouve; reconheceu a cidade, que é encantadora com a sua gente. A companheira de viagem ainda o é mais que a gente e a cidade. Copio estas palavras do bilhete:

"A madrinha ou mãezinha, — não sei bem qual dos nomes lhe dê, ambos são exatos, — é aqui muito querida e festejada, não só por duas amigas velhas que lhe restam dos tempos de criança, mas ainda por outras que conheceu depois de casada, parentas daquelas ou somente amigas também. Gosto do lugar e do clima; a temperatura é excelente; ficaremos uns três dias mais".

Não há nessa carta nada que não pudesse ser dito na volta, uma vez que ele desce daqui a três dias. Creio que ele cedeu ao desejo de ser lido por mim e de me ler também. Questão de simpatia, questão de arrastamento. Vou responder-lhe com duas linhas...

...Lá vai a carta; respondi-lhe com trinta e tantas linhas, dizendo-lhe coisas que busquei fazer alegres, e com certeza saíram quase amigas. Concordei que Nova Friburgo era deliciosa, e concluí por estas palavras: "Quando descer venha almoçar comigo; falaremos de lá e de cá".