Mumia de sangue e lama e terra e treva,
Podridão feita deusa de granito,
Que surges dos mysterios do Infinito
Amamentada na lascívia de Éva.

Tua bocca voraz se farta e céva
Na carne e espalhas o terror maldito,
O grito humano, o doloroso grito
Que um vento estranho para os limbos léva..


Barathros, cryptas, dédalos atrózes
Escancaram-se aos tétricos, férozas
Uivos tremendos com luxuria e cio...

Ris a punhaes de frígidos sarcasmos
E deve dar congélidos espasmos
O teu beijo de pedra horrendo e frio!...