Não pra mim mas pra ti teço as grinaldas
Que de hera e rosas eu na fronte ponho.
Para mim tece as tuas
Que as minhas eu não vejo.
Um para o outro, mancebo, realizemos
A beleza improfícua mas bastante
De agradar um ao outro
Plo prazer dado aos olhos.
O resto é o Fado que nos vai contando
Pelo bater do sangue em nossas frontes
A vida até que chegue
A hora do barqueiro.
30-7-1914