Na cordilheira altíssima dos Andes


Na cordilheira altíssima dos Andes
Os chimborazos solitários, grandes
Ardem naquelas hibernais regiões.

Ruge embalde e fumega a solfatera...
É dos lábios sangrentos da cratera
Que a avalanche vacila aos furacões.

A escória rubra com os geleiros brancos
Misturados resvalam pelo flancos
Dos ombros friorentos do vulcão...

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Assim, Poeta, é tua vida imensa,
Cerca-te o gelo, a morte, a indiferença...
E são lavas lá dentro o coração.