(C. C. P. P.)
Este é o livro das vinganças nobres,
O inferno dos que têm o céo na terra:
Nem vingança; justiça.
— Oh vós que as lagrimas
Trazeis sempre nos olhos, sem que sequem,
Lazaros no banquete da existencia,
Oh filhos do dever! lêde este livro,
Porque atravez de um mundo de miserias,
Do largo perigrinar chegando ao termo,
Heisde ouvir, lá das bandas do futuro,
A grande voz do Christo, a voz eterna,
Erguer-se sobre os filhos da verdade:
« — Felizes dos que soffrem — terão premio:
Feliz do pobre e triste, orphão de affectos,
Será rico: no céo seu pae o espera!»
Coimbra, Dezembro, 1861.