Coelho Neto — "A Conquista", pág. 44.

Era no Rio antigo, primeiros dias da República, últimos dias da Monarquia. Entrava Paula Ney no teatro Santana, quando foi abordado por duas mundanas, antigas atrizes, que o arrastaram para uma das mesas vazias afim de que lhes pagasse alguma coisa.

O boêmio não se fez rogado. Sentou-se entre as duas raparigas, e, batendo, forte, com a bengala na mesa de estanho, chamou:

— "Garçon"!... "Garçon"!

E à aproximação do empregado:

— Mercúrio, para três!