Humberto de Campos — Discurso na Academia Brasileira de Letras, 1920.
Certo dia, passava Emílio de Menezes pela Avenida Central, quando cruzou com um deputado seu conhecido, que não prima-a pela educação, e que o deteve pela manga do casaco.
— Vem cá, ó Emílio... Quero dar-te a honra da minha companhia... Vamos tomar alguma coisa?
— A honra? — fez, com ironia, o poeta.
E com orgulho, desembaraçando-se do atrevido:
— Obrigado, meu velho; você já está tão desfalcado!...