Serzedelo Correia — "Páginas do Passado", pág. 20.
Manhã de 15 de novembro de 1889. Em frente ao quartel-general Deodoro punha em linha as bocas de fogo da tropa revoltada. Ignorando toda a extensão da conspiração militar, o Visconde de Ouro-Preto chama Floriano e pergunta por que as forças fiéis ao governo não saíam, para dar combate à força rebelde.
— É que Deodoro tem artilharia e, em cinco minutos, arrasaria o quartel-general, — respondeu o mestre de campo.
Ouro-Preto estranhou a resposta:
— No Paraguai tomava-se artilharia; só se aquela não pode ser tomada por estar comandada por um general valente...
— Não, não é por isso, — revidou Floriano, compreendendo a ironia.
E no mesmo tom:
— É que no Paraguai eram inimigos, e ali são brasileiros!