Ernesto Sena — "Deodoro", pág. 149.

Quando presidente da República, era Deodoro procurado por dezenas de indivíduos que se diziam republicanos de longa data e que se consideravam, por isso, com direito a serem amparados pelo novo regime. Um deles, homem de idade avançada, queixava-se, certa vez, insistentemente, da ingratidão da pátria, pois que havia sido propagandista, e era republicano há mais de trinta anos.

— Ora, meu caro amigo, — atalhou Deodoro, — eu sou republicano a datar de 15 de novembro, e já cheguei a presidente da República. Logo, a República não é ingrata.

E estendendo-lhe a mão para despedi-lo:

— O senhor é que é caipora!