Tobias Barreto — "Pesquisas e depoimentos", pág. 240
Preso na noite de 15 para 16 de novembro, foi o visconde de Ouro-Preto conduzido ao quartel do 1° Regimento, onde, fatigado, adormeceu. Alta noite, entra no compartimento um oficial, o tenente Mena Barreto, que lhe grita:
— Acorde, e prepare-se, que mais tarde tem de ser fuzilado.
Ouro-Preto pôs-se de pé.
— Só se acorda um homem para fuzilar, — retorquiu: — mas não para o avisar de que vai ser fuzilado.
E acentuou:
— O senhor verá que, para saber morrer, não é preciso vestir farda!