Raul Fernandes — Discurso na Academia Fluminense de Letras, 1924.
Nilo Peçanha, como orador, impressionava mais pelo gesto do que pela palavra. Em uma das suas excursões pelo interior, acabava ele de discursar em Rio-Bonito, quando um tabaréu que ouvira Sizenando Nabuco como advogado e Ciro de Azevedo, que começara como promotor daquela comarca, se acercou do chefe fluminense.
— Sim, senhor, sr. doutor! — exclamou.
E com entusiasmo:
— Oradores, conheci dois na minha vida: Sizenando Nabuco e Ciro de Azevedo. Mas "jogo de cena" como o seu, nunca vi!