Afonso Arinos — Discurso de recepção na Academia Brasileira de Letras.
No seu hotel de Paris, possuía Eduardo Prado um criado inglês, o Humphyes, que, pouco a pouco, aprendeu o português, e se transformou em mordomo do suntuoso globe-trotter.
Certo dia, ao entrar nos apartamentos de Eduardo, encontrou-o um amigo a trancar, discreto, os jornais brasileiros recebidos naquela manhã.
— Ainda não os leste?
E Eduardo, confuso:
— Não é por isso; é que tenho vergonha de Humphyes. Não quero que ele saiba do que se passa, agora, na terra do seu amo!