Taunay — Reminiscências, vol. I, pág. 107
Em uma das suas audiências dos sábados, em que atendia a toda a gente, recebeu D. Pedro II no Paço da Boa Vista um preto velho, que se queixava dos maus tratos de que era vítima.
— Ah, meu senhor grande, — lamentava-se o mísero, — como é duro ser escravo!
O Imperador encarou-o, comovido.
— Tem paciência, filho, — tranqüilizou-o. — Eu também sou escravo... das minhas obrigações, e elas são muito pesadas! As tuas desgraças vão minorar...
E mandou alforriar o preto.