Tobias Barreto — Pesquisas e depoimentos, pág. 242

Homem de sentimentos nobres e caráter inflexível, Ouro-Preto justificava o gesto de Deodoro, revoltando-se contra o seu gabinete, mas não perdoava a atitude de Floriano, traindo-o até a última hora, a 15 de novembro. De regresso do exílio, achando-se Floriano no governo, foi o último presidente do conselho cientificado por um amigo comum de que o ditador desejava ouvir alguns homens antigos e sugeria um encontro com a sua pessoa. Ouro-Preto cortou o assunto.

— Meu amigo — declarou, — se eu alguma vez tivesse encontrado Deodoro e ele me estendesse a mão, apertá-la-ia sem esforço. Mas, à presença do general Floriano...

— ?...

— Só irei preso!