- E o esplendor dos mapas, caminho abstrato para a imaginação concreta,
- Letras e riscos irregulares abrindo para a maravilha.
- O que de sonho jaz nas encadernações vetustas,
- Nas assinaturas complicadas (ou tão simples e esguias) dos velhos livros.
- (Tinta remota e desbotada aqui presente para além da morte,
- O que de negado à nossa vida quotidiana vem nas ilustrações,
- O que certas gravuras de anúncios sem querer anunciam.
- Tudo quanto sugere, ou exprime o que não exprime,
- Tudo o que diz o que não diz,
- E a alma sonha, diferente e distraída.
- Ó enigma visível do tempo, o nada vivo em que estamos!