Ao levarem-me enfim... pelos caminhos
Das cercas hão de os rostos ter de fora
Os lírios, cor dos lívidos arminhos,
As rosas, cor das faces de quem chora.
As cabecinhas erguerão dos ninhos,
Por ver-me, inda de longe, ir indo embora,
A multidão de implumes passarinhos,
E os que enchem de asas e dão voz à aurora.
Em luxuoso e rútilo cortejo,
Da luz os raios de oiro irão lançando
Em minha fronte, ermo acrotério, um beijo.
Hão de as cousas deitar-me o olhar mais brando,
E em todos há de haver um só desejo:
Ouvir-me inda uma vez cantar: - Mas quando?!...