Uma só luz sombreia o cais
Há um som de barco que vai indo.
Horror! Não nos vemos mais!
A maresia vem subindo.
E o cheiro prateado a mar morto
Cerra a atmosfera de pensar
Até tomar-se este como porto
E este cais a bruxulear
Um apeadeiro universal
Onde cada um 'spera isolado
Ao ruído - mar ou pinheiral?
O expresso inútil atrasado.
E no desdobre da memória
O viajante indefinido
Ouve contar-se só a história
Do cais morto do barco ido.