Ainda viveis, espíritos obscenos,
Como nos dias do Brasil inculto,
Na inteligência anãos, como no vulto;
Como no corpo, no moral pequenos.
Espremeis a impotência do ódio estulto
Em pérfidos esguichos de venenos..
Tendes baixeza em tudo: nem, ao menos,
Força na inveja e elevação no insulto!
Répteis humanos, no coleio dobre
De rastos babujais templos e lares;
Contra os bons, contra os fortes de alma nobre,
Línguas e dentes dardejais nos ares:
Mas só podeis ferir, na raiva pobre,
Em vez dos corações, os calcanhares.