visconde vinham saindo da alcova — um, aprumado na atitude da majestade, o outro, na do respeito, muito composto.

— Pede licença na sua casa, Dom Prior? — disse el-rei.

O Dom Prior de Guimarães genuflectiu a perna direita; o soberano apressou-se a erguê-lo.

— Nada de etiquetas, já lho disse dúzias de vezes.

— Não posso nem devo proceder de outra maneira, senhor!

— Pode e deve que o mando eu.

E o abade, inclinando-se com os braços em cruz sobre a batina:

— Saberá Vossa Majestade que o Sr. Capitão-Mor de Santa Marta, a quem Vossa Real Majestade fez barão de Bouro...

— Bem sei... aquele amável cavalheiro...

— Perfeito cavalheiro — atestou o Nunes.

— Escreveu-me a carta que tenho a honra de depositar nas mãos de Vossa Majestade.

El-rei leu alto:

Amigo Dom Prior de Guimarães. — Um realista