Porto com o José António, o morgado do Bom Jardim, e mais com o padre Luís do Torrão... O abade conhece.
— Pois não conheço? como as minhas mãos; é o vice-rei nas províncias do norte... o nosso bom padre Luís de Sousa, que pelos modos está nomeado patriarca de Lisboa... Que pechincha, hem?
— É esse mesmo... Bem! até logo; vou ver a mulher e os filhos a casa, que ainda lá não fui. Um abraço, amigo abade! Parabéns! A choldra vai cair! Vida nova! Daqui a um mês está todo esse Minho em armas, e ei rei à frente dos seus vassalos. Outro abraço, e viva el-rei!
Lágrimas jubilosas, como contas de vidro sujas, tremeluziam nas pálpebras inflamadas do abade.
— Jante comigo, Nunes, jante comigo! Vai-se abrir uma de 1815, à saúde de el-rei!
— Parece que me estoira a pele! Não estou em mim! — Que ia ver a mulher e que voltava já.