O rapaz amava castamente a Marta com a pudicícia do primeiro amor. Ela tinha uma formosura meiga, delicada e suplicante. Parecia pedir que a não imolassem a uma paixão sensual; mas, se o seu amado o exigisse, a vitima coroar-se-ia de flores, e iria risonha e mansamente para o sacrifício. Tinha êxtases a contemplar-lhe os cabelos loiros e a pálida face doentia; deixava-se beijar com a impassibilidade de uma santa de jaspe — um quadro paradisíaco sem frutas nem cobras.

O José não necessitava pedi-la ao pai na incerteza de uma recusa. Disse-lhe que ela havia de ser a sua esposa: a criança contou ao pai as palavras do amado e o Simeão:

— Ora venha de lá esse abraço, amigo e sê Zé! — e apertou o futuro genro com a ternura de pai que arranja a sua filha como se quer.

Mas os pais do estudante já tinham dito ao rapaz que mudasse de rumo, que a moça de Prazins não era forma de seu pé. A mãe, principalmente, protestava que, enquanto ela fosse viva, a tal filha da Genoveva de Prazins não havia